Bistro L'entrecote d'Olivier

Faz tempo que queria comentar sobre o Bistro L'entrecote d'Olivier (antigo L'entrecote de ma tante), o restaurante do famoso chef Olivier Anquier. Acho que não comentamos antes porque apesar de ter sido um experiência boa, não chegou a ser "Uau!", se é que me entendem.

O restaurante fica na rua Mário Ferraz (e mais um monte de restaurantes), no Itaim e serve apenas o prato que dá nome ao Casa.

Quando o visitamos, estavamos ainda na empolgação da volta de Paris, onde tivemos contato pela primeira vez com o famoso entrecote servido no estilo bandejão na também famosa Galeria Laffaytte (isso mesmo comemos bandejão francês sem saber que o prato era típico do local) Mas voltando ao do Olivier...

O restaurante tem decoração moderninha, que me agradou, a fachada é simpática com um mosaico gracioso de azulejos coloridos e dentro, o ambiente é clean e contemporâneo, chique sem excessos. Ah, não posso esquecer de mencionar que fomos às 15h de um domingo e estava megalotado, com espera de 50 minutos mas felizmente em 20min já fomos levados ao bar para mais uma esperazinha de uns 5-10min. Incrível é pensar que todo aquele povo (e nós, diga-se de passagem) foi lá pra comer o "PF" francês chique ou tirar uma foto com o Olivier.

Mas a comida é o que nos interessa né. Para fazer valer os R$ 47,90 por pessoa, chega de entrada um couvert básico de mini pão francês e manteiga. Nada demais, mas o pãozinho tava muito bom (ou era a minha fome). Depois é servida uma saladinha básica também e gostosinha também. Um mix de folhas verdes, croutons, nozes regados a um molhinho suave à base de mostarda.

Já com a fome equilibrada, chega o tal do entrecote que pedimos ao ponto. Eu esperava uma carne alta e grossona, igual aos entrecotes que servem em churrascarias (opa aquele é o argentino!), mas tirando a má impressão, a carne apesar de um pouco fina, vem toda cortada em tirinhas médias e estava bem saborosa e suculenta ao ponto como pedimos.

Mas como todos sabem a fama do prato não é por causa da carne e sim do misterioso molho guardado a sete chaves pelo dono. O molho à base de mostarda, realmente tava muito bom, veio muito temperado, dá pra sentir forte a pimenta do reino e acho que noz moscada também e no começo achei no paladar, muito marcante e um pouco enjoativo mas fui me acostumando. De acompanhamento, veio batatas fritas, bem fininhas, super sequinhas e leves que são servidas como refil, você pode pedir quantas vezes quiser. Pedimos várias vezes, afinal fritas fininhas e levinhas são pouco para estômago de gordinhos. Os garçons ficam passando pelas mesas com um travessa cheia delas. No começo não gostei muito (é sou chata!)  porque prefiro aquelas batatas grossas e bem gordas típicas de cantinas italianas, mas não dá pra falar que eram ruins e afinal o restô era francês e não da "mamma". Por outro lado o Grego adorou as batatas e como devorador árduo dessa raiz ele aprovou e provou váaarias vezes.

Mas o melhor ainda estava por vir. A visita valeu a pena mesmo pela sobremesa. Pedimos a vedete da Casa, o mousse de chocolate que nos foi servido em 3 fartas colheradas pelo garçon. Eu não sou fã de mousse mas a partir daquele dia, viramos fãs do mousse do Olivier, o que era aquilo, meu Deus! Encorpado, doce na medida certa sem ser enjoativo, de sabor consistente, resumindo: o tipo de doce que nunca é muito, mesmo sendo grande a porção. O garçon o serve à mesa de uma espécie de tigelona imensa com quilos de mousse ali dentro. Dá vontade de mergulhar a cara naquela tigela, rsrssss. Bem que, ao inves das fritas, podia ser o mousse de refil! até pensei em perguntar se podia levar pra viagem e fui de pronto, repreendida pelo Grego (um rápido lance delirante de gordo).

Só faltou uma coisa: conhecer o Olivier mas o cara não estava lá. Ah mas essa é uma boa desculpa para voltar e cair de boca naquele entrecote e claro, no mousse dos deuses.

Posted in: Entrecôte do Olivier, Itaim, Restaurantes, Z.Sul